sexta-feira, 20 de março de 2009

Estado dá início à operação Lei Seca nesta quinta-feira


Rio - “Nunca dirija depois de beber”. É com este lema que a Secretaria de Estado de Governo lança, nesta quinta-feira, a operação Lei Seca, uma grande ação educativa e de fiscalização, de caráter permanente, que vai abranger bairros da capital e de municípios da Região Metropolitana (Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá) e da Baixada Fluminense. O objetivo é diminuir os índices de acidentes de trânsito no Estado do Rio que, em 2008, mataram 2.500 pessoas e deixaram mais de 30 mil feridas, segundo o Detran.

A princípio, a operação Lei Seca ocorrerá entre quinta-feira e domingo. Já durante o dia, nas praias, os responsáveis vão conscientizar os banhistas sobre o perigo de se descontraírem ali com doses a mais e saírem dirigindo em seguida.

Além da abordagem sob o sol, haverá as feitas em blitze nas ruas, parando os veículos e usando o etilômetro para medir o teor de bebida no organismo dos motoristas.

Bares, boates e restaurantes serão também visitados para que os clientes recebam as orientações.

Serão seis equipes, formadas por policiais militares, policiais civis e agentes da Polícia Rodoviária Federal, além de fiscais da Secretaria de Estado de Governo, estudantes de Medicina e cadeirantes vítimas de acidentes de trânsito.

Participam ainda da operação o Detran, a CET-Rio, a Uerj, a UFRJ, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a ONG Trânsito Amigo e o Sindicato dos Taxistas do Município do Rio de Janeiro, que distribuirá para os seus filiados adesivos com a frase “Operação Lei Seca – Vá de táxi”.

Os cadeirantes irão aos bares e restaurantes para mostrar como efetivamente sofreram com a imprudência da mistura do álcool com a direção. E que, não necessariamente, foram eles os agentes da imprudência, mas outros motoristas que, alcoolizados, fizeram com que eles se tornassem vítimas.

O faturamento dos estabelecimentos comerciais não é alvo da operação Lei Seca. A Secretaria de Governo deixará claro em suas recomendações que os fregueses que beberem não devem dirigir, mas, sim, usar táxi ou pegar carona com um amigo que não bebeu.

– Nós queremos mudar uma visão equivocada, que infelizmente ainda encontra adeptos no Brasil: a de que a violência no trânsito é algo imprevisível e fortuito. Embora quase sempre involuntária, ela é muitas vezes fruto de atos imprudentes e negligentes como o uso da bebida – diz Carlos Alberto Lopes, subsecretário de Governo e coordenador da operação Lei Seca.

As ações serão desenvolvidas nas vias com maior número de acidentes – como é o caso, por exemplo, das avenidas Brasil e das Américas (as duas campeãs de colisões e atropelamentos) – e perto de locais de grande concentração de pessoas, principalmente à noite. Entre esses lugares, estão bares, boates, restaurantes e casas de show, principalmente nos seguintes bairros: Méier, Tijuca, Vila Isabel, Lapa, Gávea, Leblon, Barra e Campo Grande; e em regiões de Niterói, Caxias e Nova Iguaçu.

No mundo inteiro, a violência no trânsito é tratada como uma questão de saúde pública por ferir, mutilar e matar muito mais do que guerras, prejudicar relações sociais e contribuir para a perda da qualidade de vida e econômica do cidadão.

No Brasil, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, por ano, quase 8 milhões de pessoas se envolvem de alguma forma em colisões e atropelamentos.

No mesmo período, cerca de 1,5 milhão de ocorrências trágicas de trânsito são registradas, deixando uma média de 500 mil pessoas feridas – 140 mil delas com lesões irreversíveis.

Ainda de acordo com o Ipea, as perdas anuais do país com os custos nos acidentes de trânsito são da ordem de R$ 22 bilhões em internações hospitalares, remoções e recuperações de veículos, custos judiciais e previdenciários.

Formação de cada equipe de fiscalização

- 6 policiais (sendo 4 PMs; 1 policial civil; e 1 policial rodoviário federal)

- 4 profissionais de apoio (fiscais da Secretaria de Governo)

- 2 estudantes de Medicina

- 1 membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)

- 1 integrante da ONG Trânsito Amigo

- 5 cadeirantes (vítimas de acidentes)

- 6 veículos (2 reboques; 3 carros; 1 van)

Locais com os maiores índices de acidentes com vítimas (dados do Detran – em ordem decrescente)

Av. Brasil, Av. das Américas, Av. Presidente Vargas, Estrada dos Bandeirantes, Av. Martin Luther King (antiga Automóvel Clube), Av. Dom Helder Câmara (antiga Suburbana), Av. Ayrton Senna, Av. Santa Cruz, Rua Cândido Benício, Av. Borges de Medeiros, Linha Amarela, Estrada do Galeão, Linha Vermelha, Estrada Intendente Magalhães, Av. Geremário Dantas, Autoestrada Lagoa-Barra, Av. Epitácio Pessoa, Av. Infante Dom Henrique.


Fonte:odia.terra.com.br

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